segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Universidade de Coimbra

É com muito orgulho que vejo a minha (salvo seja!, onde eu estudei!) Universidade considerada a melhor em Portugal. Contudo, se olharmos ao nível Europeu ocupa o lugar 166 e mundialmente o n.º 366. É fraco!, pois, até pode ser, mas as outras estão, neste ranking, bem piores.

(A lapa escura é um geomonumento, que terá servido para a população de Valverde nela, ou melhor, na gruta que ela alberga, se refugiar aquando das invasões francesas. Vê-se facilmente a formação de blocos pelas diaclases - fendas verticais - e pela descompressão - fendas horizontais .)

Universidade de Coimbra considerada a melhor de Portugal pelo jornal "The Times"
12.10.2009 - 14h16 Lusa
A Universidade de Coimbra (UC) foi considerada, pelo quarto ano consecutivo, a melhor instituição de ensino superior portuguesa no "ranking" do jornal britânico "The Times".

Segundo uma nota divulgada hoje pela UC, a instituição subiu no "ranking" relativo a 2009 e, à semelhança do que se verificou no ano passado, “continua a ser a única portuguesa entre as 400 melhores universidades mundiais”.

“Apesar da queda das instituições portuguesas neste "ranking" nos últimos três anos, que aconteceu em paralelo com o desinvestimento do Estado no sistema de ensino superior, a Universidade de Coimbra consegue, em 2009, contrariar esta tendência: sobe do 387.º para o 366.º lugar, a nível mundial, e do 169.º para o 166.º, a nível europeu”, salienta o comunicado.

O ranking publicado pelo suplemento sobre ensino superior do jornal britânico, que elege a Universidade de Harvard (EUA) como a melhor do mundo, considera ainda a UC como a terceira melhor universidade do espaço lusófono (a seguir às universidades de São Paulo e de Campinas, ambas no Brasil) e a sexta melhor da Península Ibérica.

De acordo com a mesma nota, a UC “é ainda a única universidade portuguesa referenciada em três dos rankings por área científica também estabelecidos pelo The Times Higher Education-QS World University Rankings: Tecnologia, no 230.º lugar (243.º em 2008), Ciências Sociais, no 231.º (284.º em 2008) e Ciências Naturais, no 239.º (281.º em 2008)”.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

NOBEL DA PAZ


Hoje fui surpreendido com a atribuição do Nobel da Paz ao Presidente Barack Obama. Sinceramente, não sei se atribuição é ou não merecida e para o caso pouco me interessa e isto porque tal, só é para mim relevante, porque me fez recordar que no primeiro dia de aulas eu li, a todos os meus alunos do 9.ºB e C e do CEF-Florestal, uma carta que o Barak Obama escreveu aos alunos da América.
Como eu teria gostado que o nosso Presidente Professor Cavaco Silva tivesse tido um gesto semelhante!

Nessa carta ele, o Obama, dizia coisas muito importantes como:
“…Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. ....…”, ou “….. nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se

vocês não assumirem as vossas responsabilidades.....”, e “...…O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país.
Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.....” ou ainda, “....as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem……..”

Na minha modesta opinião estas são verdades, ainda mais contundentes quando olhamos para os nosso jovens e País. Mas por cá, me parece que o nosso poder Central se está borrifando, a maioria dos pais não quer saber e os nossos alunos tão pouco. Bom mas se a maioria dos pais não quer saber, se a maioria dos alunos, como é compreensível acha tais ideias incómodas e o poder político português rema em sentido contrário, o que resta?
O poder político local?
A escola?
Os professores?
O poder político local não sei o que pensa, mas não o vejo muito preocupado em contrariar a corrente. Quem cá estiver daqui a 20 anos que se vire, será?
A Escola está, a meu ver demasiado embrenhada em papéis ou quem as dirige faz que não vê e não sabe desses problemas, talvez porque já tenha assumido que é uma luta votada ao fracasso, será?
Bom, se estes dois pressupostos anteriores tiverem resposta afirmativa, restam os professores e estes, vos garanto que também já estão a desistir. E quando todos desistirem o que acontecerá?
O que será da nossa Terra, com diplomados que não sabem ser e estar, que não conhecem as palavras, esforço, dedicação, educação e ordem.

Que futuro terá o nosso País?
Como seremos lembrados nós por permitirmos, com a nossa passividade e conivência, tão insuficiente preparação, para a vida, das gerações vindouras?

Tal como as imagens a resposta, a mim, parece-me dolorosa, de tão retorcida por forças tectónicas superiores!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

ISTO É QUE É “PHODER”



Habitualmente, só quem tem o poder o pode exercer, embora infelizmente, a prática mostre que nem sempre o exerça bem.
Muitas vezes utiliza-se o poder para lixar o “parceiro” e não se assumindo o facto tentam iludir e/ou enganar o pacóvio e como infelizmente digo eu, o nosso povo ainda tem muito pacóvio, prospera o Chico Esperto que temporariamente, (quero crer!) se vai mantendo no poder.

Vem isto a propósito do que se passa na minha profissão e tem indignado muitos,que conseguem ver para além das notícias dos telejornais.
Este Governo, do Eng.º Sócrates, descobriu como enganar o parolo e lixar os Professores e entre outras medidas, propagandeou que os melhores e mais qualificados Professores iriam ser Professores Titulares e contra a opinião dos próprios, a "nação" socretina rejubilou.
Chegados a este tempo percebemos que aos pretensos melhores e mais qualificados professores titulares, lhes foi retirada, neste ano lectivo, a totalidade ou grande parte da componente lectiva (aulas para quem não perceber) ficando com outras tarefas nomeadamente e principalmente, avaliar os outros professores (na opinião do Governo, os menos qualificados).
A situação é tanto mais grave, (entenda-se redução da componente lectiva) quanto maior for a Escola. Aliás, o fenómeno só raia o absurdo da isenção da componente lectiva, nas Escolas grandes.
E assim, pensamos ser lícito perguntar:
Mas, a função mais nobre do Professor não é ensinar?
Se é, como se pode perceber que os alunos sejam entregues aos “professores menos qualificados?
E a Confederação de Pais, as multiplas Associações de Pais e os Encarregados de Educação pactuaram quando não apoiaram a medida?
È como se fossemos ao Parlamento e retirássemos os melhores políticos e os puséssemos a desempenhar o cargo de comentadores políticos ou gestores das grandes empresas públicas (onde é que eu já vi isto?), e entregássemos a função política e governativa aos menos dotados e/ou qualificados (onde é que eu já vi isto?).
Ou então escolhessemos os melhores polícias de investigação criminal e os colocássemos a fazer trabalho de secretaria e entregássemos os casos de investigação criminal aos polícias menos competentes, fazendo assim com que a justiça nunca se fizesse, por prescrição ou erros processuais (onde é que eu já vi isto?).

Mas, dirão alguns, pelo menos assim os mais competentes irão avaliar e castigar/punir ou mesmo expulsar da carreira os menos competentes.
Pois!!!, mas então, se afinal tudo se resume a isso, não enganem o parolo, tenham coragem e digam-nos que o que afinal interessa não são os alunos, mas sim e só, o exercício do acto de "phoder".

A mim, francamente parece-me que está tudo louco, ou então sou eu que estou ....já... “gafanhoto”

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

PERIGO!

Ontem de manhã, alguns encarregados de educação manifestaram-se contra a reabertura do estabelecimento de ensino de Corroios, no concelho do Seixal. Em causa está o facto de estarem por concluir os trabalhos de remoção dos escombros .....onde se concluiu existir amianto, uma substância cancerígena.
”..sic in público on-line de 16 de Setembro de 2009”

Em Pinhel, as nossas Escolas também têm.



Em tempos, há cerca de 4 anos, encontrei na ex-Escola Secundária um Eng.º da DREC, a quem coloquei o problema da presença de placas de fibrocimento nas coberturas de alguns blocos e nos passadiços da Escola. Respondeu-me qualquer coisa como, “dado que a Escola é muito arejada não há problema”.
Respondi-lhe que esse não era o meu entendimento e que sendo consensual o perigo para a saúde pública do amianto, não havia justificação para se sujeitar centenas de professores, funcionários e alunos diariamente a esse perigo.
Eu continuo a pensar que é uma situação perigosa e que só por distracção, insensatez e irresponsabilidade continuamos todos a assobiar para o lado como se nada fosse connosco.
Mas atenção, como as finas e invisíveis partículas de amianto são transportadas pelo ar podem dispersar-se mais ou menos e assim diminuir a sua concentração, mas nem por isso deixam de ser potencialmente prejudiciais, pois nesse caso funciona o efeito de bioacumulabilidade, isto é o nosso organismo na presença de determinadas substâncias tóxicas não as elimina, acumulando-as ao longo da vida, até que….

Entretanto, os Professores, os Funcionários, os nossos filhos e todos os que vivem ou convivem nas imediações, vão inalando partículas, invisíveis mas nem por isso desprovidas de perigosidade.

Será que temos que esperar até 2011, data prevista (se entretanto não houver alterações!) para a intervenção de fundo nos edifícios escolares, para que a situação seja corrigida?
Se não for antes, pelo menos nessa altura, que haja a sensatez de retirar todas as placas de fibrocimento no período em que não haja actividades lectivas.

Se fizerem uma pesquisa na Wikipédia, encontram facilmente o seguinte:
Entre as doenças causadas pelo asbesto ou amianto incluem-se:

• Asbestose - ... a asbestose consiste de lesões do tecido pulmonar causadas por um ácido produzido pelo organismo na tentativa de dissolver as fibras. O tempo de latência (período que a doença leva a manifestar-se) é geralmente 10 a 20 anos.
• Mesotelioma - Um cancro do revestimento mesotelial (pleura) do pulmão. A única causa conhecida é a exposição ao asbesto. O período de latência do mesotelioma pode ser de 20 a 50 anos. A maior parte dos doentes morre em menos de 12 meses após o diagnóstico.
• Cancro - Cancros do pulmão, do tracto gastrointestinal do rim e laringe foram associados ao asbesto. O período de latência é muitas vezes 15 a 30 anos.
• verrugas de asbesto - produzidas quando fibras aguçadas se alojam na pele sendo recobertas por esta causando crescimentos benignos semelhantes a calos.
• espessamento pleural difuso - Geralmente assimptomática, pode causar perda de capacidade respiratória se a sua extensão for grande.
In http://pt.wikipedia.org/wiki/Amianto#Usos_modernos

Estarei a exagerar?
Até pode ser que sim, mas nesta coisa de saúde pública, estamos obrigados ao princípio da precaução, que nos diz que mesmo em caso de dúvida devemos sempre optar por não sujeitar as pessoas a um potencial perigo. E, em minha opinião, o Estado deve sempre dar o exemplo.
Quantas Escolas mais conhecem na mesma situação?

E se os que infelizmente venham a ter ou já tiveram problemas de saúde, que hipoteticamente possam ser objecto de associação causa-efeito ao amianto, começarem a interpor acções judiciais contra o ME?

sábado, 12 de setembro de 2009

"A MORTE!"



Já há demasiado tempo não actualizava este meu “diário/blog”. Acreditem que foi por tristeza, pois estive de luto, de luto muito sentido e prolongado provocado por uma agonia longa e mal aceite, que infelizmente teve o resultado esperado, a morte.
A morte, sendo infelizmente qualquer coisa natural, não tem que ser necessariamente coisa boa e aceitável, principalmente quando vem antes de tempo ou é provocada por falha humana ou acto menos responsável.

Vem isto a propósito da morte da minha Escola, a Escola Secundária com 3.ª CEB de Pinhel. Para a História fica este fechar de capítulo, encerramento decretado à força e por um governo socialista. Estes são os factos.

Perguntar-me-ão:

- Mas são só esses os responsáveis?
Não. Neste processo, muita gente teve a sua cota de culpa, por indiferença, por conivência, por intransigência, por falta de visão estratégica e mesmo falta de tacto e senso. Cabe a cada um fazer o seu exame e ver onde se situa. Eu assumo, desde já e sem qualquer pejo, que a minha culpa se situa na indiferença, pois poderia ter tido um papel mais activo e por diversas vezes não assumindo outras responsabilidades, permiti-me ficar à margem do processo. E como gostaria de ter estado activamente envolvido!
Carregarei esta minha culpa para sempre, é garantido.

- Não era inevitável?
Não. Pois o argumento do número de alunos não colhe quando olhamos para todos os concelhos vizinhos e constatamos que apesar de terem um número idêntico e até bastante inferior de alunos, continuam com dois estabelecimentos de ensino, com dois órgãos de gestão, dois refeitórios, duas secretarias, etc, etc. E, para além de outras importantes implicações, para Concelhos com tanta falta de oportunidades de emprego, isso é dramaticamente importante.

As Escolas de Pinhel foram todas “extintas e enterradas” pela equipa da Maria de Lurdes Rodrigues, do Governo Socialista de José Sócrates. O último capítulo foi a “morte” da Escola Secundária com 3.º CEB de Pinhel, no mês de Julho de 2009 e o funeral (para mim), enquanto acto formal, no dia 11 de Setembro de 2009. Mediou, entre uma e outra data, um longo luto como lhe era devido.
Contrariando o conceito do “small is beautiful” e em nome da racionalidade económica, a equipa da MLF encerrou dezenas de Escolas, e na linha do “Big is better”, “pariu” o Agrupamento Vertical de Escolas de Pinhel. Este facto já é parte da história do Concelho Pinhel e é, em minha opinião, mais um passo num caminho não abertamente prometido e, atrevo-me a dizer, por todos os pinhelenses não desejado.

Termino desejando que os novos e futuros actores, nos diferentes orgãos da nova gestão escolar, saibam honrar o esforço, a dedicação, o património e a memória de muitos, que a história teimará em apagar ou diminuir, que nas últimas décadas e em diferentes estruturas deram o seu melhor nas diferentes estruturas escolares, em prol de todos.
Eu, que como último Director do extinto Centro de Formação da Associação de Escolas de Pinhel – Forpinhel, trabalhei com todas essas estruturas, jamais esquecerei os que comigo colaboraram e lutaram e enquanto assim for, lembrar-vos-ei e lutarei.

Um bom ano lectivo para todos, os nossos alunos agradecerão.


terça-feira, 19 de maio de 2009

O País dos Idiotas Felizes

Pois é!!! outro dia o Viriato Soromenho Marques, num debate televisivo falou nesta casta de pessoas e de repente fiquei com a sensação que esse é o objectivo dos nossos dirigentes, transformar-nos definitivamente num povo de idiotas felizes!
Será que o vão conseguir?
Será que já o conseguiram?
Responda quem souber, pois eu não arrisco, mas que fiquei com a pulga atrás da orelha fiquei!

Entetanto vou colando mais umas fotos de uns que nunca serão nem idiotas nem infelizes!
Aqui vai!

Um Chapim rabilongo, simplesmente curioso!



Um par de rolas felizes

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Hoje é só fotos!

As minhas companheiras. Sem elas teria dormido muitas mais horas, seguramente!
Mas, também teria passeado e vivido muito menos!
E depois quanto mais conheço o....."Mundo" mais gosto delas!



Agora o anunciante do Freeport.
É só barulho!
Pica, pica, mas não há maneira de acertar na "bolota"


Disse Freeport?
Se calhar é melhor acordar e pirar-me daqui!


Antes que ainda seja acusado de atentar contra os intocáveis do regime, pois se a justiça não conseguir provar nada, (e nós sabemos que não pode conseguir!), está tudo bem.

E eu pergunto, afinal para que é que serve um PR assim?
Ai se se isto tivesse acontecido com o Santana!
Seguramente já tinha caído o Carmo e a Trindade!

Independentemente da incapacidade usual da justiça portuguesa em provar seja o que for, a "justiça popular" está há muito feita!
Eu sei que não se pode fazer justiça popular, pois, para isso existem (ou deveriam existir) os juizes, mas...hoje já poucos ou nenhuns acreditam que afinal não se passou nada de anormal!
Mas seguramente, jamais saberemos o que realmente se passou!

Mas desenganem-se os que acham que isso implica uma derrota nas urnas. Não, porque o nosso Povo gosta e aprova estas coisas. Vejam os diversos casos passados com autarcas!

Está-nos na massa do sangue!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Exemplos Pouco Educativos


Exemplos Pouco Educativos - Pela equipa do M.E.
Texto enviado aos Sr.s Deputados/Professores do Partidos Socialista.

Ex.mos Sr.s Professores/Deputados, dia 23 façam o que a Vossa consciência ditar! E que Deus vos ajude!
Os Professores (vossos ex-colegas) já demonstraram toda a humildade do Mundo, pedindo-vos publicamente ajuda.

Fiquem descansados os espíritos mais inquietos que hoje não abordarei a questão da divisão da carreira docente em Professores de 1.ª e de 2.ª. Tão pouco vou abordar a tão falada questão das quotas e muito menos o modelo de avaliação que de tão absurdo, só por manifesta e total falta de tacto e pura teimosia se insiste na sua aplicação a qualquer custo.
Também não falarei dessa coisa de "faz de conta", que são as aulas de substituição, que só serviu, na maioria dos casos, para transformar profissionais da educação em assistentes da acção educativa (carreira criada mas nunca preenchida pelo ME) e/ou entertainers.
Hoje vou-vos elencar, com casos concretos, que fruto da aplicação do novo Estatuto do Aluno, provocam situações absurdas. Vou-vos falar das provas de recuperação, a que, por imposição legal, os alunos terão que ser sujeitos logo que ultrapassem o limite legal de faltas. Vamos aos exemplos:

1.º - Um aluno, na disciplina de Formação Cívica, faltou à aula de apresentação, à aula de auto-avaliação e ainda a uma aula em que o Director de Turma esteve a tratar de assuntos disciplinares com os alunos. O Professor da disciplina vai ter que elaborar uma prova de recuperação sobre os “conteúdos”(?) leccionados nessas aulas;

2.º - Um aluno, falta sistematicamente às aulas de substituição, ultrapassando assim o limite legal à disciplina de Geografia. O Professor da Disciplina vai ter que elaborar uma prova de recuperação sobre os “conteúdos” leccionados por diversos Professores nas aulas de substituição. Importa esclarecer que no caso concreto, como as faltas do docente não foram antecipadamente previstas o Professor nunca deixou plano de aula, pelo que os Professores que o substituíram “improvisaram”, tratando os mais diversos assuntos, ou simplesmente fizeram uma actividade qualquer com os alunos;

3.º - Na disciplina de Área de Projecto um aluno faltou à aula de apresentação, a de auto-avaliação e à aula de discussão de temas a tratar;

4.º - Num outra disciplina, um aluno faltou à correcção de um teste, à aula de auto-avaliação e a uma aula normal;

Todos estes alunos por terem atingindo assim o limite de faltas vão ter que ser sujeitos a uma prova de recuperação sobre os conteúdos leccionados nessas aulas. Caso não tenham aproveitamento poderá ter que ser elaborado um plano de recuperação.

Como se elabora uma prova, nestas circunstâncias?
Sobre que conteúdos?
Com que fim?
E o Plano de Recuperação, nestes casos, serve para recuperar o quê?

Servem estes exemplos, escolhidos propositadamente, para testar aos olhos de qualquer observador com sentido crítico, a importância pedagógica, de uma medida tão emblemática, no processo ensino-aprendizagem dos alunos.
E assim se desmotivam e desmobilizam todos, daquilo que é realmente importante.
No M.E., na Assembleia da República, em S. Bento, no palácio de Belém, etc., era importante afixar uma lápide com o seguinte sábio ditado chinês

“Fazer diferente é fácil!
Fazer melhor é difícil!”

Para terminar dizer só que, na minha modesta opinião, só a total falta de tacto e senso justifica que quem ocupa as cadeiras do Poder no M.E. possa alguma vez ter pensado e gizado toda esta catadupa (propositada em minha opinião) de alterações e esperar que a classe docente as aceitasse passivamente.
Há coisas que são intemporalmente inaceitáveis!

Todos sabemos que os Docentes são cidadãos pacíficos, mas não, por enquanto, totalmente desprovidos se sentido crítico e da faculdade da revolta e de união.
Aliás, eu julgo que a História um dia fará jus ao que de bom e mau esta equipa do ME fez pelo País e em particular pela Educação e é minha profunda convicção que então se escreverá que conseguiram, como grande mais valia, aquilo que ninguém até então tinha conseguido e que foi unir uma classe nunca antes unida, e congregar sindicatos de várias tendências e assim contribuir para a construção de uma identidade da classe até então impensável.É obra!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

DIFERENÇAS


Na Galiza não se construirão mais mini-hidrícas.

Os argumentos (deles lá) são simples, toda a gente os percebe e aceita, senão vejamos:

- Representam percentualmente muito pouco, na produção total de energia;

- Não é aceitável o impacto que as mesmas têm no meio ambiente, quando comparadas com outras energias alternativas (vento, sol, marés, biomassa e solar);

- Não é aceitável que empreendimentos minúsculos em termos de produção de energia, tenham impactos maiúsculos no meio envolvente;

- Verificava-se a existência de consciência social nesse sentido, de tal modo que o Poder Politico sentiu o apoio popular e foi ao encontro dele e aproveitou assim a possibilidade de reconciliação e de cooperação com a sociedade e as ONGA’s do Ambiente (como é diferente a mentalidade de outros governantes);

- A Galiza pode, quer e será um grande produtor de energia eólica, das marés, biomassa e solar;

- Não vai haver mais construções de mini-hidrícas por causa dos impactos ambientais;

- Entretanto dezenas de projectos licenciados estão em reanálise procurando-se um entendimento para a sua não construção.

E nós por cá???
Onde está a consciência social?
Onde está a consciência política?
Nada! Nada! Nada!

3 anos perdidos e 12 anos (dos meus) desprezados!



Tomaram posse e de imediato começaram a bater nos Professores e entre outras asneiras, passado pouco tempo, informaram que os Centros de Formação de Associação de Escolas de pequena dimensão tinham que fechar. Para os mais distraídos, lembro aqui, que estes tinham nascido da livre e espontânea vontade das Escolas que os integravam e durante anos asseguraram, com recursos a fundos comunitários, formação contínua a todo o pessoal docente e não docente das Escolas.
Durante esse período foram das Instituições que a nível nacional, mais e melhor execução física e financeira conseguiram na execução dos planos pedagógicos e gestão dos dinheiros comunitários.
E nem a justificação esfarrapada e tonta de que foi realizada muita formação que não tinha qualquer interesse para a prática docente, pega. Porquê?
Porque se houve casos desses, foram ocasionais, esporádicos e ainda assim a culpa maior recai sobre os ombros da tutela, pois em última instância era a esses, por interpostas entidades descentralizadas que, primeiro cabia a responsabilidade de julgar da pertinência ou não da realização das mesmas e depois, era igualmente à tutela que cabia o desiderato de aprovar ou não o financiamento daquelas. Logo quem foi responsável por esses esporádicos casos?

Até parece que a tutela as promoveu (a essas acções), aprovando-as e financiando-as com o maléfico propósito de mais tarde os vir a utilizar como argumento para acabar com alguns.

Assim, cumprindo a ameaça, acabaram com os CFAE’s pequenos, que diga-se de passagem, em minha opinião, eram os que funcionavam melhor e pressionaram, pressionaram e tornaram a pressionar, até que obrigaram as Escolas a fazer os Mega-Centros.

Entretanto deitou-se fora o Know-all, acumulado por muitos na gestão de candidaturas a dois ou três quadros Comunitários, fecharam-se serviços de apoio às Escolas e aos Professores e mais grave ainda, perdemos 2 anos sem qualquer tipo de formação contínua.

São estas as politicas da vaidade, da arrogância, da prepotência e da mediocridade que legitima a fama dos idiotas.
E assim evoluímos, vergando as vontades e humilhando os que se esforçam e honradamente trabalham!

sábado, 10 de janeiro de 2009

RAIVA DE CÃO (não se cura!)


Esta equipa Ministerial (da Educação) não tem o meu respeito, não lhes reconheço autoridade, sabedoria e muito menos postura. Por isso esta não é, nunca foi e nunca será a minha Ministra e muito menos os Sr.s Secretários de Estado.

E é estranho porque deviam ser, porque formal e legalmente são os meus Patrões, são eles que me representam e portanto me deviam defender e apoiar.
Mas eu aprendi na tropa, com o Capitão Esperança, que quando um Superior falta ao respeito a um subalterno, este tem todo o direito para também lhe faltar ao respeito. “Estes” desde o primeiro dia que publicamente me ofenderam, empenhadamente me denegriram, esforçadamente me desconsideraram, ostensivamente me prejudicaram e como “só não se sente quem não é filho de boa gente”, eu sinto-me, quem não for filho de boa gente que os defenda e vote neles.
Eu vivo e viverei para os derrotar, para pagando-lhes na mesma moeda os denegrir, ofender, prejudicar e derrotar. Não esperem outra coisa de mim!
Espero que reconheçam que eu assumindo-o assim em público, pelo menos não engano ninguém, não sou hipócrita!

Estes, que ainda ocupam as cadeiras, nunca me respeitaram e eu jamais os respeitarei, ponto final parágrafo.

"Este governo não cai porque não é um edifício!
Este governo só sai com terebintina porque é uma nódoa!"
Eça de Queiroz
(Não se referia ao actual governo !!)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Fugir, Emigrar..!!!!!



Dia 5 de Janeiro iniciaram-se as actividades lectivas do 2.º Período. Para voltar para a Escola tive que me violentar. Ao fim de 20 anos de serviço e 46 de idade, é horrível termos este sentimento.

Para reviver um estado de alma semelhante tenho que regredir nas minhas memórias ao meu antigo 3.º ano, actual 7.º ano de escolaridade. Tinha na altura os meus 12 ou 13 anos e a vontade de abandonar a Escola foi tão forte que não fora os meus Pais a obrigarem-me, tinha posto um ponto final no meu percurso escolar.

É que, estou farto de constatar, tal como Joseph Roth disse um dia, que ….. “a escandalosa vaidade de alguns perfeitos idiotas, determinar o destino das outras pessoas” , eu acrescentaria … de toda uma Nação.
Caso não tivesse uma filha para criar, acreditem, abandonaria tudo e iria viver para o campo, sem jornais nem televisão, comendo o que a terra me dava, mas ao menos sem estresse e sem ser permanentemente violentado a fazer coisas que sei estarem erradas!

Acorda Portugal!!!!

Como um dia disse o Grande Eça de Queiróz «Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.»