quinta-feira, 12 de julho de 2007

Desenvolvimento versus infelicidade

De repente, dei-me conta, que na minha Escola, toda a gente anda infeliz, deprimida, quezilenta, stressada, enfim desmotivada, sem saber para onde vai e sem ter forças para ir a ............ aonde quer que isso seja!

Na minha cidade, os casos de infidelidade, de consumo excessivo de álcool e outros comportamentos menos assertivos, têm aumentado assustadoramente. E já não só as classes mais desfavorecidas que são atingidas por esse fenómeno, são também os dirigentes, são também os quadros superiores, que agora se rendem à desilusão, ao salve-se quem puder. E de certeza que tal não acontece porque as pessoas andam motivadas e/ou felizes!

Dizem-me que nós, a nossa sociedade, o nosso País, estamos cada vez mais desenvolvidos, mas chiça se isto é melhoria do nível de vida, se isto é desenvolvimento, eu quero ser subdesenvolvido.

Se isto faz parte da vivência democrática, eu renego liminarmente este regime. Se é assim que os nossos governantes querem que sejamos ... mude-mo-los rapidamente, sob pena de um dia destes estarmos todos loucos, bêbados, drogados ou prostitutos.

Eu, pelos vistos da loucura já não me safo!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Professor para onde vais?

Nos últimos anos, da história deste povo triste, muitas mudanças aconteceram. Uma delas foi a transformação da actividade de Professor-instrutor, motor de uma actividade essencialmente intelectual, na actividade de Professor-funcionário, mero cumpridor de tarefas administrativas, garantindo e cumprindo assim o "sabiamente" imposto dever de sucesso educativo e elevação, não da instrução, mas essencialmente das habilitações académicas deste povo aparentemente culto.
Depois, no dia a dia, vamo-nos deparando com os tristes exemplos da utilização básica da Língua, do desconhecimento total dos conceitos mais básicos da ciência, e da total e sistemática violação das leis e regras sociais. Assim não é possível!!!!


FASES do Ensino em Portugal


- Até 1974, o aluno ao matricular-se tinha que provar ao Professor que não merecia chumbar;
- Até 1992, o aluno ao matricular-se arriscava-se a passar de ano;
- Até 2007, o aluno ao matricular-se adquiria atomaticamente o direito a transitar de ano, salvo casos excepcionais e profusamente documentados pelo Professor.
- Após 2007, O Professor, se chumbar o aluno, corre o risco de ser penalizado pelo insucesso dos mesmos.

No meio disto tudo o que mais me preocupa e amargura, não é o silêncio ou as palavras dos arranjados, dos ricos, dos poderosos, dos voláteis políticos, ou doutra qualquer congregação e/ou quadrilha de, financeiramente bem sucedidos.
O que mais me preocupa e entristece é o silêncio dos BONS e verdadeiramente SÁBIOS.
ESSA é que é ESSA!