sexta-feira, 23 de novembro de 2007
ESCOLA
Tirastes-nos(lhes) a esperança, o prazer, a paixão e então o que ficou, ...... desilusão, frustração, ... maldição!! ... e assim ainda acham que alguém pode fazer alguma coisa?
E educação só com e por paixão, caso contrário é informação!
Coitados dos nossos filhos!
Destruíram-lhes a "ESCOLA", sim porque não há ESCOLA sem Professor, com paixão, motivação, devoção e espírito de missão, mas também com autonomia, com estima e admiração.
Eu, todos os dias, vejo Professores, irradiando tristeza, desmotivação, desmobilização e assim limitam-se a cumprir tarefas administrativas e burocráticas .... por obrigação, por imposição, .. para avaliação .... mas,.... e isso é Educação?
Quando muito cumprimento da obrigação!
E eu que sonhei, uma Educação, uma Escola, .. para a minha filha, onde pudesse aprender e crescer, com alegria, equilíbrio e paixão, para um dia ter a capacidade de dizer NÃO!!, o mesmo Não que alguns vos deviam ter dito e não souberam, quiseram ou puderam, em 2005!!
Eu, Pai, não quero para a minha filha, tal como vós não quereis para os vossos, Novas nem Últimas Oportunidades, tão pouco, Modernas e/ou Independentes, quero porque esse é um direito também nosso, uma Escola que com Paixão, motivação, convicção e sentido de missão, proporcione novamente o sonho, a esperança, para que no futuro se saiba e possa dizer NÃO!!
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Desenvolvimento versus infelicidade
De repente, dei-me conta, que na minha Escola, toda a gente anda infeliz, deprimida, quezilenta, stressada, enfim desmotivada, sem saber para onde vai e sem ter forças para ir a ............ aonde quer que isso seja!
Na minha cidade, os casos de infidelidade, de consumo excessivo de álcool e outros comportamentos menos assertivos, têm aumentado assustadoramente. E já não só as classes mais desfavorecidas que são atingidas por esse fenómeno, são também os dirigentes, são também os quadros superiores, que agora se rendem à desilusão, ao salve-se quem puder. E de certeza que tal não acontece porque as pessoas andam motivadas e/ou felizes!
Dizem-me que nós, a nossa sociedade, o nosso País, estamos cada vez mais desenvolvidos, mas chiça se isto é melhoria do nível de vida, se isto é desenvolvimento, eu quero ser subdesenvolvido.
Se isto faz parte da vivência democrática, eu renego liminarmente este regime. Se é assim que os nossos governantes querem que sejamos ... mude-mo-los rapidamente, sob pena de um dia destes estarmos todos loucos, bêbados, drogados ou prostitutos.
Eu, pelos vistos da loucura já não me safo!
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Professor para onde vais?
Depois, no dia a dia, vamo-nos deparando com os tristes exemplos da utilização básica da Língua, do desconhecimento total dos conceitos mais básicos da ciência, e da total e sistemática violação das leis e regras sociais. Assim não é possível!!!!
- Até 1992, o aluno ao matricular-se arriscava-se a passar de ano;
- Até 2007, o aluno ao matricular-se adquiria atomaticamente o direito a transitar de ano, salvo casos excepcionais e profusamente documentados pelo Professor.
- Após 2007, O Professor, se chumbar o aluno, corre o risco de ser penalizado pelo insucesso dos mesmos.
No meio disto tudo o que mais me preocupa e amargura, não é o silêncio ou as palavras dos arranjados, dos ricos, dos poderosos, dos voláteis políticos, ou doutra qualquer congregação e/ou quadrilha de, financeiramente bem sucedidos.
O que mais me preocupa e entristece é o silêncio dos BONS e verdadeiramente SÁBIOS.
ESSA é que é ESSA!
terça-feira, 19 de junho de 2007
A Culpa é dos rios espanhóis
1.º Pode ser dos rios que correm de Espanha, sim senhor, e que carregam assim toda a porcaria que “nuestros hermanos” aí despejam. Para não ser muito polémico, digo só que o nosso Fundador, D. Afonso Henriques, também veio de Espanha …!!!!!!
2.º O Povo não se governa nem se deixa governar, é um facto, aliás isso mesmo deixaram escrito os Romanos sobre as gentes que aqui viviam então, mas é verdade ou não que o povo aprende com os exemplos dos que o governam?
Abutre (Grifo - Gipys fulvus ). Então não é que esta espécie de abutre, está em expansão!
Nós já fomos das nações mais ricas do Mundo. O nosso povo, na condição de emigrante, governado portanto por outros, prospera, enriquece e muda os seus comportamentos, penso que tal também é um facto. Então, como explicar? …
----------------- Será a enxertia uma solução?Diz o povo, e com razão, que o exemplo tem que vir de cima.
Ora, o nosso País é pobre, todos temos que fazer sacrifícios, pagar mais impostos, ganhar menos, reformar-mo-nos mais tarde, aumentar a produtividade, …, calma! Todos não! O Povão, pois os BOYS, os filhos, os afilhados e bastardos dos boys, estão dispensados desse sacrifício.
Então somos um País pobre e temos os gestores mais bem pagos da Europa, gestores esses que têm o desplante de, ainda assim, aparecerem nos debates públicos a defenderem contenção salarial … para os outros que ganham muito abaixo da média Europeia?
Então somos um País pobre e temos um Presidente do Banco Central a ganhar milhões, a reformar-se quando quiser e a insistentemente pedir sacrifícios …. aos outros?
------ Enquanto uns vivem à grande e à francesa outros dificilmente sobrevivem
Então somos um País pobre e temos boys a ganhar balúrdios num banco público, outros com o 5.º ano antigo, com reformas milionárias acumuladas com ordenadões
Ah, já me nem vou falar, dos Presidentes de Câmara que gastam e fazem o que querem, que “brincam” aos concursos públicos, do comportamento de alguns juízes, advogados, médicos e policias. Pois, eu sei que os que fazem isso, são excepções, mas mesmo assim!
----------------- iguais? jamais, jamais!
Sejam justos e digam de vossa justiça, com exemplos destes, como querem que se comporte o povão, que comparativamente ganha miseravelmente?
Com exemplos destes como querem que o povão cumpra regras?
Com exemplos destes como querem que o povão os respeite e se respeite?
Na minha ingenuidade penso ser tempo de nos interrogarmos, afinal para onde queremos ir?
quinta-feira, 31 de maio de 2007
O ABISMO
Abutre do Egipto no PNDI
Primeiro foram-se as árvores, depois o solo e, finalmente, a própria civilização.
Rio Côa - efeitos da desflorestação
A verdade é que o Mundo está no que os ecologistas chamam por modo "além dos limites e em colapso".
A procura excedeu inúmeras vezes, no passado, a producção sustentável dos sistemas naturais. Agora, pela primeira vez, isso está a acontecer à escala global.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Professores ou Mártires?
Essa minha decisão foi tomada porque achei que tinha algum jeito para a coisa, que até era uma profissão interessante pois trabalhar com juventude tinha os seus aliciantes e, embora se ganhasse pouco no início da carreira, julgava saber que no final da mesma se ganhava razoavelmente. Sabia que a progressão era feita por antiguidade, tinha como garantido que aos 36 anos de serviço podia ir para a reforma, etc., etc.
Hoje, 18,5 anos passados, olho para a minha situação e vejo que alteraram todos esses pressupostos.
Mas eu assinei um contrato com o Estado sob determinadas condições, direitos e deveres, então e agora, já não me pagam o que estava acordado e não me reformo quando ...?
Eu não sou jurista, por isso responda quem sabe, é isto legal e constitucional?
Assim, o que nos resta? A revolta? A indignação? A revolução?
Negociação, motivação, empenho, dedicação, sucesso, são termos que deixaram de ter sentido nos tempos de hoje. O que os VOSSOS (pois eu recuso-me a ser representado por mentirosos e outras coisas piores…) governantes têm feito é roubar-nos tudo, os sonhos, as aspirações, a esperança, a democracia, a negociação, a felicidade, a harmonia e o País.
Suponho que não.
Então só temos que, fazendo o que o Sr. Professor Dr. Aníbal Cavaco Silva escreveu em 2005 (salvo erro), correr com os políticos que hoje ocupam as cadeiras do Poder, na Presidência da República, no Governo e no Parlamento, os quais, contrariamente ao que prometeram, por acção ou inacção e conivência, fizeram com que hoje todos estejamos pior do que estávamos ontem.
Para ver um filme de mentiras vá a http://www.youtube.com/watch?v=DcEciCZ5u4Msexta-feira, 18 de maio de 2007
Paraíso
Cerca de 2700 anos a.C. surgem na Mesopotânia, em Ur, os primeiros decretos legais de protecção das florestas.
Os gregos transformaram a expressão paridaiza em paradeisos que posteriormente foi transformada pelo latim para paradisus.
Na misteriosa Índia, em 256 a.C., o Rei Ashoka estabeleceu o Edital dos Sete Pilares, um dos quais protegia os mais diversos tipos de animais.
Hoje o Paraíso é coisa rara e por causa da estupidez do homem corremos sérios riscos de o destruirmos definitivamente.
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Estupidez e ignorância
Aliás, para mim os mais estúpidos são precisamente aqueles que tendo alguma cultura não a utilizam para produzir felicidade neles, nem nos que os rodeiam, tudo fazendo para semear a maldade e a infelicidade.
Há muita gente culta que é profundamente estúpida:
- os que não sabem sorrir;
- os que não sabem elogiar;
- os que não sabem amar;
- os que não reconhecem o bom e o belo;
- os que, despudoramente, mentem ou maltratam os outros;
- enfim, os que não sabem ser nem fazer os outros felizes.
Como sabem, eu defendo que os estúpidos, os maus, os “produtores” de infelicidade e maldade, mesmo ou especialmente, (mas não só!), os que ocupam as cadeiras do Poder (Parlamento, Governo ou outros), deviam ser simplesmente castrados.
Eu, estou farto de ver gente estúpida, sisuda, carrancuda, profundamente infeliz, transformar-nos, pouco a pouco, em seres cinzentões e INFELIZES como eles.
Pela desfaçatez em escrever estas linhas, provavelmente eu já estarei totalmente transformado!
quarta-feira, 9 de maio de 2007
INFELICIDADE versus ESTUPIDEZ
Eu tenho para mim, como certo, que jamais um estúpido pode ser verdadeiramente feliz.
Para mim, estúpido é aquele que erra e não é capaz de admitir o erro. Mas o cúmulo da estupidez atinge-se, quando errando não se admite e ainda para cúmulo se persiste no erro.
Agora, por momentos, lembrei-me do Catedrático de Matemática da Universidade de Coimbra, Jorge Miranda, que dizia muitas vezes às alunas, como forma de as incentivar, (ou de as desmoralizar!... não sei!), “…. no meu tempo os rapazes só gostavam de raparigas inteligentes……..”.
Eu sei que é POLÉMICO mas mesmo assim vou dizê-lo, pois é o que eu penso, isto da estupidez e infelicidade tem, na minha modesta opinião, qualquer coisa de genético ou de comportamental precocemente adquirido.
Se assim é, parece-me lógico que os estúpidos e infelizes deviam ser impedidos de se reproduzir, tal como fazem os agricultores com as árvores e animais de má qualidade.
Por outro lado, essa hipótese, resvala para a tese do apuramento da raça. E isso é POLÉMICO, pois, nos dias de hoje é "proibido" sequer pensar nisso!
Já repararam que os infelizes, tontos e estúpidos, se calhar, numa ânsia desesperada para se sentirem bem com eles próprios, sempre foram os que mais se reproduziram!
Eu começo a acreditar que essa história de todos terem direito à reprodução, é que levou a que no nosso tempo, infelizes e estúpidos conquistassem o poder. Só assim explico a cruzada actual para nos tornar, a todos, mais infelizes e estúpidos! Será? Venham lá daí as reacções!
Parece-me a mim, que é suficiente a existência de um infeliz para tornar todos os que estão à sua volta “não felizes”.
Por isso se aceita um conselho, pelo sim pelo não, se puder optar, não seja estúpido e se quer ser feliz, relacione-se só com pessoas ............. inteligentes.
Atenção: Todas as fotos retractam uma estupidez, persistentemente praticada. Se quiser algum esclarecimento, sobre alguma foto, é só solicitá-lo, clicando nos "comentários".
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Árvores Felizes
E porque, ao visitar um blog, encontrei um texto magnifico que traduz tudo o que me vai na alma, aqui o transcrevo na integra, com a devida vénia e homenagem à autora.
"As árvores devem ser autorizadas a tocar na terra com os seus ramos sempre que queiram.
É comum nas árvores felizes que certos ramos toquem no chão.
Embora este não me pareça um comportamento inapropriado para uma árvore, certos autodenominados jardineiros consideram que esta mania de tocar no chão é pura desobediência, uma árvore, segundo eles, tem um tronco alto para afastar os ramos e as folhas dos nossos caminhos e quando algum ramo ameaça aproximar-se de território proibido deve ser imediatamente cortado.
Eu gosto muito de ver as árvores felizes a tocarem no chão, é quase como se viessem cá a baixo agradecer todo o carinho que receberam. Sim, as árvores felizes, têm que receber cuidados carinhosos e nada faz uma árvore mais infeliz do que cortarem-lhe os seus ramos.
As árvores podem ser muito maiores que os homens.
As árvores sabem algumas coisas mas não são inteligentes, as mais ingénuas vivem com a fantasia de chegar ao céu. os homens, porque são inteligentes, não se devem sentir ameaçados ou condenar estes comportamentos megalómanos, devem educadamente afastar-se e contemplar estas árvores de longe porque só assim conseguem compreendê-las."
Texto retirado na integra do Blog http://www.cheirar.blogspot.com/
sexta-feira, 27 de abril de 2007
Puta de Vida
Por causa dos Políticos!
Por causa destes governantes!
Por causa do Sócrates!
Voltou em mim esse sentimento antigo, de que:
A vida, é filha da puta,
E a puta, é filha da vida,
Mais vale a vida de uma puta
Que a puta da “nossa” vida.
O vermelho é propositado, é de raiva!
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Naturalidades ou Senilidades
É verdade estou mesmo velho e sem pachorra para modernices!
Para o que me havia de dar!
Apercebi-me disso ao escrever um e-mail à minha querida amiga Milú. De repente, ou "derrepentemente", como dizem alguns aqui pela Beira Interior, apercebi-me, e afirmei-o, que já não tenho pachorra para emproados, hiper-vaidosos e/ou para tipos que não distinguem um boi duma abitrécula, mas que mesmo assim, ou então por causa disso, falam de cátedra.
Um destes dias, ainda me dão um par de "bordoadas"!
A propósito, a ave da fotografia é um boi ou uma "abitrécula"?
segunda-feira, 16 de abril de 2007
A LENDA DO VINHO
Como não tinha vaso para a transportar, utilizou o que tinha à mão, um osso de galo. Esvaziou-o e meteu dentro as raízes com um pouco de terra.
Ora, como se deslocava pé, levou muito tempo a fazer a viagem e a videira começou a crescer. Não teve outro remédio senão mudá-la para um osso de leão que encontrou pelo caminho.
Mas, como a planta continuava a crescer, Dionísio, assim se chamava o viajante, teve a sorte de deparar com um osso de burro, e para lá mudou a plantinha.
Consta que daquela videira se fizeram muitas outras e, por ter ela crescido em tão estranhos “vasos”, quem bebe um pouco de vinho fica alegre como um galo, quem bebe mais pensa que fica forte como um leão, e quem muito abusa do vinho perde as ideias e fica estúpido como um burro.
quinta-feira, 12 de abril de 2007
A esperança
E para além disso, a lama, além de mais fértil, é mais adequada ao momento Nacional!
O Homem é Engenhêro ou não?
Mas isso seria o cúmulo, ou não fossem .... " ...... os políticos, pessoas frequentemente bem formadas que aceitam transformar-se em aldrabões para se porem ao serviço do povo".
Manuel António Pina, Jornal de Notícias de 6/9/2006.
Então o Homem para ganhar as eleições fartou-se de mentir, (entre outras, não aumentava a idade da reforma, não aumentava os impostos, etc., etc,) e apesar ou, o que é mais grave, por causa disso ganhou as eleições e agora só porque o homem jura que tirou, sem qualquer favorecimento (alguém acredita?), a Licenciatura em Engenharia (sanitária ou civil, isso pouco interessa!) querem crucificar o homem?
Apetece-me dizer que quem votou nele, agora, que o ature!
Eu sei, eu sei que agora ninguém votou nele!
Mas por favor, se possível, (ai se isso fosse possível!), deixem os que não votaram nele em paz.
E viva lá España! E os Reis! E a ... que os pariu!
quarta-feira, 11 de abril de 2007
SUCESSO ou o Moscardo das Consciências
Como conjugar esta máxima de sermos sempre verdadeiros, iguais a nós próprios, com a vida do dia a dia?
A resposta é difícil e implica um empenho profundo na procura do melhor de nós e dos outros, assim como uma aposta constante na realização do bem.
Tão difícil como dar resposta a esta questão do egoísmo é encontrar o justo equilíbrio entre o individual e o colectivo.
Defender o nosso tempo e território não é um acto de egoísmo, muito pelo contrário, é o primeiro passo para nos encontrarmos no essencial.
Aprender a dizer não tão pouco é sinónimo de egocentrismo. Um não na hora certa e circunstâncias adequadas pode ajudar a crescer quem o diz e quem o ouve. O individualismo, a falta de solidariedade e a presunção de superioridade não podem ser aceites como o resultado deste imperativo moderno de “sermos nós próprios”. A verdade, a autenticidade e eficácia, sim, são objectivos deste ideal.
Esta mania moderna de investir tudo no sucesso desloca-nos, muitas vezes, do essencial. Vivemos apostados na miragem do resultado imediato, da realização fácil e do êxito a qualquer preço e, por isso mesmo, o sucesso converteu-se muitas vezes em fracasso.
Quanto mais alta a fasquia, maior a possibilidade de fracasso.
Ter ambição, traçar metas e zelar pelos resultados é saudável e até recomendável.
As coisas só azedam verdadeiramente se hipotecarmos tudo em função de um ideal de sucesso fácil, rápido e permanente.
Esta cultura do êxito é perversa na medida em que encerra grandes vazios e enorme solidão. Ter sucesso e exibir o sucesso conquistado implica um desgaste interior tremendo.
Afinal o que é ter sucesso?
Fazer aquilo que nos dá alegria, paz interior e a liberdade para fazer aquilo que nos convém e não aquilo que os outros esperam de nós. Ter sucesso é não imitar os outros, é sermos nós próprios e ainda assim dizer algo aos outros.
E ser feliz? Não é fazermos aquilo que gostamos e gostarmos daquilo que fazemos?
Ser Pai é difícil
Nós, os Pais, “enchemos a boca” sempre que falamos dos nossos Filhos e da importância que eles têm para nós. Mesmo aceitando que a esmagadora maioria dos Pais faz quase sempre o que pensa ser melhor para os seus Filhos, e reparem que eu disse “.. pensam ser melhor para os seus Filhos ..”, nos tempos que correm, pensamos ser pertinente perguntar, será que isso basta?
Será que nós, no nosso dia a dia, procuramos ser um exemplo para os nossos Filhos? Será que procuramos incutir-lhes os valores que fazem a diferença entre um bom e um medíocre cidadão?
Eu atrever-me-ia a dizer que os nossos Filhos correm o risco de serem vitimas de uma educação centrada e dominada pelos valores do bem-estar físico, porque nós estamos sempre disponíveis para dar dinheiro, telemóveis de última geração e outras bugigangas e “pagarmos” assim a falta de atenção e acompanhamento diário. A atenção, a partilha de experiências em família, foi substituída pelos bens materiais de consumo. É mais fácil dar um telemóvel de última geração ao Filho, ou comprar-lhe roupas de marca, do que acompanhá-lo diariamente e tentar corrigi-lo, educando-o. Os Pais demitem-se, assim da sua função de definir regras, impor limites, exercer a autoridade e acima de tudo dar o exemplo. Todos sabemos que é mais difícil dizer “não” do que “sim”, mas, se pensarmos um pouco, facilmente concluímos que ser amigo é saber dizer não.
Não é por acaso que o exemplo dos Pais é importante para a moldagem do comportamento dos filhos. As crianças têm esse terrível hábito de imitar nos gestos, na linguagem e nos comportamentos os modelos familiares. Por isso é que os psicólogos falam dos Filhos das famílias destruturadas, dos Filhos dos alcoólicos, dos Filhos dos toxicodependentes, como crianças de risco. Por isso é que, nas sociedades avançadas, a alguns Pais, lhes são retirados os filhos pelo Estado, exactamente para que não copiem os modelos familiares.
Segundo a opinião de alguns psicólogos, Filhos de Pais que ganham a vida sem fazer nada, ou de Pais que ganham a vida facilmente recorrendo a estratagemas, ou de Pais mal-educados têm grande probabilidade de lhe seguir as pisadas. E, se pensarmos um pouco, todos vemos que sempre assim foi, basta lembrarmo-nos do ditado popular, FILHO DE PEIXE SABE NADAR.
Nós, os Pais, não podemos sacudir a água do capote, pois, quer queiramos quer não a Educação é da nossa principal responsabilidade, e não nos devemos demitir dessa função nem permitir que outros nos substituam.
Quando no início da década de 90 os Professores chegavam a Pinhel, podiam não ter alunos fabulosos ao nível do aproveitamento escolar, que também os havia, mas todos eram unânimes em considerar os nossos alunos educados e respeitadores, hoje infelizmente, o panorama é desolador e nos últimos anos tem piorado assustadoramente. Para o comprovar basta ir, no período dos intervalos, às Escolas e vermos o respeito que eles têm para com os adultos, professores e funcionários, ir aos campos de futebol das Escolas e atentar na linguagem, ou então ao local onde apanham as autocarros e assistir de forma gratuita aos comportamentos mais violentos, na maioria das vezes perpetrados pelos “fedelhos” mais novos e para espanto de muitos, por miúdas.
Provavelmente muitos deles são assim porque as famílias assim os criaram, sem regras, sem educação, com uma linguagem alicerçada no vernáculo, alimentado pelos futebóis, novelas, big brothers, música pimba e outros que tais, e por isso estão-se marimbando para os Pais, os professores, os policias, etc.
Por outro lado, verificamos que os Pais dos alunos bem comportados, e na maioria das vezes com aproveitamento, são os que vão periodicamente à Escola, os outros, os Pais desses alunos menos bem comportados e, porque não dizê-lo, mais mal-educados, ou não vão à Escola ou só vão quando são chamados e quando, infelizmente, na maior parte das vezes, já é tarde demais. Será porque se envergonham dos filhos que têm? Ou então não vão porque não têm tempo para os Filhos e nesse caso deviam ter vergonha dos Pais que são.
Já alguém disse que: “As falhas/fraquezas do Filho são a prova dos erros/fracasso do Pai”.
Se nós não nos empenharmos todos e não concentrarmos esforços na educação dos nossos Filhos, não vale a pena enganarmo-nos, pois, mais tarde ou mais cedo vão ser vitimas da estratégia dos nossos governantes que utilizam esta politica educativa, nivelando tudo por baixo, assegurando assim que os Filhos do povo hão-de continuar …… “povo”, enquanto que os filhos deles e das elites que há séculos nos governam, frequentando bons colégios particulares, (onde o ensino é rigoroso), se preparam para continuarem a ocupar os melhores empregos e nos continuarem a governar pelo menos por mais um século?
Eu, por mim, não aceito passivamente este estado de coisas e por isso, como Pai, não concordo que os políticos tenham já decidido o futuro dos nossos Filhos. Eu recuso-me a aceitar isso e tento contrariá-los pois acredito que a acção dos Pais, dando carinho e também presentes, mas principalmente impondo e fazendo cumprir regras, acompanhando o crescimento físico e intelectual deles, dizendo-lhes NÃO no momento certo e apoiando-os nos momentos de maior fragilidade, e acima de tudo dando-lhes bons exemplos, é determinante para aquilo que eles vão ser no futuro.
P.S. – Pais e Filho(s) aparecem estrategicamente sempre escritos em letra grande.
Texto publicado no boletim da Associação de Pais e Encarregados de Educação de Pinhel
domingo, 1 de abril de 2007
As Orquídeas … plantas de sexo "especializado"
Por norma, as plantas disponibilizam alimento sob a forma de néctar e pólen, o que funciona como um pagamento pelo trabalho que os outros animais fazem ao lhas proporcionarem a reprodução cruzada, isto é, uma célula sexual masculina fecundar uma feminina de outra planta.
Mas existe um grupo de plantas, as orquídeas, que se especializaram ao ponto de algumas só serem polinizadas por um, e só por esse, insecto. Aliás, algumas orquídeas evoluíram ao ponto de transformarem a flor, para imitar a fêmea de um insecto (género Ophrys).
Assim a flor da orquídea tem 3 pétalas, sendo que a do meio é maior e recebe o nome de labelo.
O labelo funciona como campo de aterragem que serve perfeitamente o estratagema de esfregar nas costas do insecto os sacos carregados de pólen (que nas orquídeas não é livre, isto é, não pode ser levado pelo vento) que assim o vai transportar até outra flor.
Para além disso, as orquídeas vivem em simbiose, com um fungo microscópico, nos seus rizomas e tubérculos. Sem a presença desse fungo não germinam.
As orquídeas europeias são, regra geral, muito pequenas, e têm um período de germinação muito longo, até dez anos, sendo por isso que de repente podemos ser surpreendidos pelo aparecimento de uma, num sitio onde nunca antes a tínhamos visto.
O Género Orchis deve o seu nome ao facto de o seus tubérculos fazerem lembrar os testículos do cão.
Aqui pela Beira Interior Norte, eu já detectei dez espécies diferentes e ainda não desisti de descobrir mais alguma:
------------------------------Barlia robertiana
Neotinea maculata
Dactylorhiza markusii (sulphurea na Nova Flora Ibérica)
Serapias lingua
Serapias cordigera
Orchis mascula ou olbiensis???
Orchis coriophora
Orchis champagneuxii
Epipactis helleborine (será? o género das Epitactis é complicado!)
Dactylorhiza elata sesquipedalis
Se a estas juntarmos outras que fotografei no maciço calcário da Serra D’aire e Candeeiros e Coimbra… Bom ficam algumas fotos.
Orchis italica (a primeira e que fez despertar esta obsessão)
Orchis morio
Anacamptis pyramidalis
Ophrys speculum
Ophrys lutea
Ophrys apifera
Ophrys tenthredinifera
Aceras antropophorum
sábado, 31 de março de 2007
O Sexo é o motor do Mundo
Quem já alguma vez se interessou por fazer fotografia sabe que, se quisermos ser bons, temos que nos especializar num tema. Assim, há “fotógrafos” que se dedicam a fotografar aves, outros retrato, outros moda, outros nus, etc., etc.
Eu suponho que todos, quando começamos, aspiramos ou, pelo menos, gostaríamos de fazer nus, mas alguns porque não têm jeito, outros porque não têm modelos, outros porque não têm “pachorra”, acabam sempre por “se apaixonar” por outros temas.
Eu apaixonei-me por órgãos sexuais. É que há uma variedade tão grande, eu diria infinita, e, assim, jamais correrei o risco de ficar sem "trabalho". Até hoje acho que nunca encontrei dois iguais.
É verdade, eu já fotografei milhares e tenho quase a certeza que nunca encontrei dois iguais. Uns são maiores, outros mais coloridos, outros mais perfumados, uns mais agradáveis, outros menos, uns mais concorridos, outros mais “específicos”.
Geralmente eu prefiro os mais “específicos”. É que geralmente estes são mais evoluídos, mais especializados e por isso mais raros e, nesta sociedade, somos formatados a dar mais importância ao raro, pois, regra geral, o que é raro é caro ou importante.
Até hoje sempre me causou alguma estranheza o facto de, quando um homem quer galantear uma mulher, lhe oferecer os órgãos sexuais das plantas e, quase sempre, esta diz que são muito bonitos e embevecidamente cheira-os.
È verdade, eu sou um “apanhado” pela beleza das flores (pois ... são esses os orgãos sexuais em causa!), e, dentro destas, das plantas selvagens em particular. Sou capaz de fazer muitos quilómetros para fotografar uma orquídea selvagem ou um narcisus ou uma linária, etc., etc.
Quando vir uma bela flor selvagem, lembre-se sempre: que há quem colha uma flor por amor, e há quem por amor, ... não colha uma flor.
É que elas têm uma função, que é a reprodução, e se nós as colhemos impedimos que isso aconteça. E depois, se pensar um pouco facilmente perceberá que é uma violência (para a planta).
Já imaginou se lhe fizessem o mesmo?
Embora tudo seja relativo, ainda bem que os meus são feios!
Bom, aí vão algumas flores (orgãos sexuais), para amostra, para abrir o apetite ... !
Orquídea selvagem - Barlia robertiana ______Lirio selvagem