sexta-feira, 14 de março de 2008

Uma lição do meu Professor Gama Pereira (U.C.)

Há Homens que lutam um dia e são bons

Há outros que lutam um ano e são melhores

Há aqueles que lutam muitos anos e são muito bons

Mas há os que lutam toda a vida

Esses são os Imprescindíveis “

Bertolt Brecht

P.S. - Obrigado por mais esta lição

terça-feira, 11 de março de 2008

Líder procura-se!

Dizia-me outro dia um amigo "Os políticos não dizem o que pensam mas pensam no que dizem e geralmente procuram dizer o que eles acham qua a maioria quer ouvir" ... até porque, digo eu, quem pensa no que diz raramente diz o que pensa e quem não diz o que pensa é mentiroso, digo eu e muitos mais.

Eu acredito que nós somos governados por MENTIROSOS e MERDOSOS. E como são merdosos querem transformar este País num monte de esterco, pois é aí que eles se sentem bem, a chafurdar e diga-se de passagem que não estão longe de o conseguir, mas, pode ser que alguns deles ainda se vejam afogados na porcaria!

Eu, com a eleição do Sarkozy, tive esperança que o povo Francês se revoltasse e iniciasse um processo de transformação que alastrasse à restante Europa. Infelizmente, também eles, os Franceses, estão frouxos e não foram até agora, capazes disso.
Eu diria que têm lá muitos portugas e como tal foram contaminados pela nossa tempêra molenga e individualista. Só se for a minoria muçulmana!


Mas a resistência de um homem tem limites e um dia destes, ainda algum deles ou dos seus defensores, apanha um par de bofardos nas trombas.

Deus me livre de os encontrar, Deus me desvie de maus encontros, pois um homem, perante determinadas situações, quando não perde a cabeça é porque não tem cabeça.

Se houvesse justiça, os lorpas que vão voltar a votar neles (excluo, por piedade e a pedido de muitos Pais de família os arrependidos), é que deviam ser enr.......abados (perdão enrolados) por eles, mas como a justiça há muito desapareceu temos que aguentar esta corja de maltrapilhos!

Onde está o Presidente da República?
Por muito menos o Sampaio correu com o Santana e com o Ferro! Acorde homem que o povo desespera!

Triste sina a deste povo que pare filhos da ..... deste calibre!

Às armas! Às armas! contra os canhões marchar, marchar!

Haja coragem e quem se acha líder, faça favor, lidere! ..... que o povo desespera!

Por hoje, há boa maneira do Sócrates, (o outro!) e do seu moscardo das consciências, já chega de picadelas que já me dói o ferrão, mas pelos menos tenho a consciência mais aliviada. E os amigos?

segunda-feira, 10 de março de 2008

ORGULHO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


No dia 8 de Março de 2008, senti-me um Professor orgulhoso!!!

Não, não foi por causa dos meus alunos! foi por causa de dos meus colegas que comigo tiveram a a disponibilidade e a coragem de, num sábado, ir a Lisboa, chamar aos que nos governam, mentirosos, incompetentes, injustos, ingratos, e outras coisas menos bonitas, mas que bem merecem!

Por isso, apesar de eles continuarem a fazer ouvidos de mercador, apesar de se esforçarem por parecerem estúpidos por não quererem entender o que lá fomos fazer, não pensem que foi em vão!

Ali naqueles espaços, onde outros no passado, cumpriram desígnios nacionais que a história imortalizou, também nós cumprimos a nossa obrigação civíca e portanto demos uma lição, ... também aos nossos alunos.

Há momentos em que não podemos nem devemos ficar indiferentes e este é um deles!
E por isso, a luta vai continuar, porque é justa, porque é necessária, porque vale a pena!
Vai continuar, com os corajosos, com os idealistas, com os que não se deixam vergar.

...e os outros? ..... bom os outros não fazem falta ... são, já foram ou têm aspirações a ser socretinos ou pior que tudo, deixaram de se importar ... estão indiferentes (em morte virtual/suspensa) e tal como para esta Ministra e este Governo, não há plano de recuperação possível!

Mas não se esqueçam que "..... ninguém é mais culpado do que aqueles que não fazem nada, só porque pouco (ou nada) podem fazer ".

Apetece-me gritar tão alto que chegue a Belém,... Óh Professor Cavaco, onde está o Sr., olhe que já tenho muitas saudades do Sampaio (e logo eu que nunca gostei nada dele! nem de si! tinha que o dizer pois a minha mãezinha, a Sr.ª Delfina, sempre me disse que mentir é feio!).

Obrigado e um abraço aos companheiros da jornada, Manel, Iva, Dulce, Baltazar, Torres, Agostinho, Manela, .. e à minha mulher que sacrificando-se aceitou ficar, prescindindo de ir a meu favor ... e tantos outros. Portugal está-vos grato!

quinta-feira, 6 de março de 2008

O texto não é meu, mas com a devida vénia aqui fica... para a posteridade!

Avaliação chumba
Em vez de tentar ensinar as escolas a avaliar professores, o Ministério da Educação devia esforçar-se por aprender a avaliar as escolas.

Miguel Castro Coelho

O novo regime de avaliação de professores não passa nos mais elementares testes de aptidão. Não tenho a mais pequena dúvida quanto à benevolência das intenções dos autores da iniciativa. E aplaudo com entusiasmo a vontade política para gerar mudança.
No entanto, nos termos em que foi desenhado, este regime de avaliação apenas exprime uma tentativa de micro-gestão a partir do Terreiro do Paço talhada a falhar. Na prática, limita-se a acrescentar uma nova camada de requisitos burocráticos na gestão das escolas. Pelo caminho, comprou uma guerra desnecessária com os professores.
Sejamos claros quanto à importância do tema em questão. Dizem os estudos da economia da Educação que a “produção” de alunos de qualidade depende, em primeiro lugar, do nível socio-económico do aluno, e em segundo lugar, da qualidade dos professores. Um estudo recente da Universidade de Bristol sugere que a qualidade dos professores conta cerca de um terço da qualidade do aluno (incluídos os tais factores socio-económicos) para a “produção” de alunos de qualidade – uma estimativa que está, de resto, em linha com os resultados de outros estudos internacionais. Se se tiver em conta, contudo, que a qualidade de cada professor afecta vinte ou trinta alunos por cada turma, fica-se com uma ideia da importância desta variável para a qualidade global do sistema de ensino.
Perante isto, é conhecido o modelo do Ministério da Educação para estimular docência de qualidade: forçar sobre cada escola um regime de avaliação de professores uniforme, desenhado ao pormenor a partir do centro. Por outras palavras, um exercício de micro-gestão ao pior estilo ex-URSS; o exemplo acabado de centralização descontextualizada; e a prova de que está vivo o tradicional espírito legalista português, segundo o qual no mundo tudo se transforma por lei ou decreto-lei (pena é que, tal como na física, também por esta via nada se perca e nada se crie…).
O que, de facto, devia ter sido feito: (I) intervir a montante no recrutamento de professores (reservar o acesso a cursos específicos de formação de professores a candidatos com curriculum universitário de topo, capacidade de relacionamento interpessoal, comunicação, vontade de aprender e ensinar, excepcionais); (II) descentralizar a gestão do corpo docente para o nível da escola, e avaliar a ‘performance’ das escolas (e não dos professores) a partir do centro (i.e. do Ministério da Educação).
Por outras palavras, transferir a capacidade de gerir a qualidade do corpo docente para gestores escolares profissionais (professores ou não), recrutados e responsabilizados pelos resultados do processo de avaliação das escolas a partir do centro.
Para conseguir fazer uma avaliação objectiva do desempenho de cada escola por comparação com escolas congéneres, o Ministério da Educação tem que se tornar num ‘hub’ de informação sobre todo o sistema. A má notícia é que está muito longe de o ser. Num projecto-piloto que abrangeu 100 escolas (Avaliação Externa das Escolas – Relatório Nacional 2006-2007, publicado a 27/02/2008) a Inspecção-Geral da Educação (um dos braços do Ministério da Educação) não conseguiu sequer reunir informação fiável sobre o contexto socio-económico das escolas… tão só e somente aquele que é, indiscutivelmente, o factor mais importante a ter em conta na avaliação do desempenho das escolas. Pior do que isto, só mesmo o caminho analítico que o relatório adopta: o da prosa oca, com ares pseudo-técnicos, muito similar ao da consultoria privada desinformada.
Em vez de tentar ensinar as escolas a avaliar professores, o Ministério da Educação devia esforçar-se por aprender a avaliar as escolas. A esse respeito, o trabalho até agora feito é de nível profundamente medíocre. Sei que há no país especialistas na matéria com créditos firmados ao nível internacional. Trabalho no meio e já perdi a conta ao número de excelentes artigos académicos publicados por portugueses em jornais internacionais de referência. Mais surpreendente é que algumas dessas pessoas trabalham para o próprio Estado (mais concretamente, estão no Banco de Portugal). A peça que falta no ‘puzzle’ é vontade de fazer uso dos melhores recursos do país.
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnistas/pt/desarrollo/1096452.html