terça-feira, 17 de junho de 2008

PGR vai ao Parlamento falar de Violência nas Escolas

PGR vai ao Parlamento falar de Violência nas Escolas

Até que enfim!

Eu que sou Professor e Pai, ando preocupadíssimo, por isso, não podia estar mais de acordo com o PGR quando diz que o combate da pequena criminalidade previne a grande criminalidade. Felizmente, ou infelizmente, há muito tempo que digo e escrevi precisamente isso. Os grandes criminosos, já foram pequenos criminosos e se nessa altura tivessem sido dissuadidos provavelmente teriam desistido ou pelo menos mais dificilmente chegariam lá.

O panorama actual nas escolas é, acreditem assustador. Só quem quer assobiar para o lado é que não vê.
Alguns Pais acham que esse não é um problema dos filhos deles. Estão bem enganados, pois nós somos sempre o produto de onde fomos criados. E quando somos criados num ambiente de desrespeito, de laisser faire, laisser passer, só com muita sorte não somos contaminados. Para além disso, há miúdos que isoladamente são muito assertivos, mas em grupo, por várias razões, assumem outra personalidade.

Acordem enquanto é tempo!
A Escola tem que incutir ou não, normas e regras para a vida futura?
A Escola deve ou não, premiar ou reprimir, consoante os comportamentos são, respectivamente adequados ou indesejados?
A Escola deve premiar ou não, o trabalho, o esforço, a boa educação, o civismo, a inteligência?
Decisivamente, não é isso que está a acontecer!

Se não fizermos nada é certo que a Escola se transformará, mais tarde ou mais cedo, numa Escola de comportamentos disruptivos para não utilizar um termo mais violento.

E, infelizmente, o caminho apontado pela tutela, de facilitismo e de estigmatização do Professor, que induz no aluno a sensação de impunidade, de ineficácia do sistema e de incentivo ao desrespeito de tudo e todos.

Este é um problema dos Pais, da Comunidade e só não me parece ser da classe política, porque é minha fortissima convicção que este "status quo" interessa aos poderosos que assim vêm os filhos dos pobres nas escolas públicas, ao sabor da desgovernação, enquanto os seus rebentos frequentam boas Escolas privadas, num esquema muito bem montado, de perpetuação de lugares de chefia e /ou governação.

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