sexta-feira, 27 de abril de 2007

Puta de Vida


Por causa dos Políticos!

Por causa destes Socialistas!

Por causa destes governantes!

Por causa do Sócrates!

Voltou em mim esse sentimento antigo, de que:

A vida, é filha da puta,

E a puta, é filha da vida,

Mais vale a vida de uma puta

Que a puta da “nossa” vida.

O vermelho é propositado, é de raiva!

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Naturalidades ou Senilidades


Estou velho!

É verdade estou mesmo velho e sem pachorra para modernices!

Para o que me havia de dar!
Estou mesmo senil!
Apercebi-me disso ao escrever um e-mail à minha querida amiga Milú. De repente, ou "derrepentemente", como dizem alguns aqui pela Beira Interior, apercebi-me, e afirmei-o, que já não tenho pachorra para emproados, hiper-vaidosos e/ou para tipos que não distinguem um boi duma abitrécula, mas que mesmo assim, ou então por causa disso, falam de cátedra.
Digam lá se esta falta de pachorra não pode ser sintoma de senilidade?

Sabem, eu tenho para mim que a solução para os males deste País se encontra mais num par de "bordoadas" bem aplicadas nas protuberâncias faciais, vulgo "focinhos", de "muitos", inclusive dos que nos governam, do que em receitas "bomitadas", (Ah grande gato fedorento!), por papagaios bem falantes e bem pagos.

Vejam lá se não estou senil?

E depois, ainda tenho a desfaçatez de publicar isto no blogue!

Um destes dias, ainda me dão um par de "bordoadas"!

A propósito, a ave da fotografia é um boi ou uma "abitrécula"?

segunda-feira, 16 de abril de 2007

A LENDA DO VINHO

Há muitos milhares de anos, um homem que passou a vida na Grécia, quando se sentiu velho, regressou à sua Pátria, a Itália, e resolveu levar com ele uma linda videira, pois não se lembrava de na sua infância ter visto tal planta na sua terra natal.

Como não tinha vaso para a transportar, utilizou o que tinha à mão, um osso de galo. Esvaziou-o e meteu dentro as raízes com um pouco de terra.

Ora, como se deslocava pé, levou muito tempo a fazer a viagem e a videira começou a crescer. Não teve outro remédio senão mudá-la para um osso de leão que encontrou pelo caminho.

Mas, como a planta continuava a crescer, Dionísio, assim se chamava o viajante, teve a sorte de deparar com um osso de burro, e para lá mudou a plantinha.

Consta que daquela videira se fizeram muitas outras e, por ter ela crescido em tão estranhos “vasos”, quem bebe um pouco de vinho fica alegre como um galo, quem bebe mais pensa que fica forte como um leão, e quem muito abusa do vinho perde as ideias e fica estúpido como um burro.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

A esperança


Mesmo que não haja fruto
Valeu a pena, pela beleza das flores!
Mesmo que não haja flores
Valeu a pena, pela sombra das folhas!
Mesmo que não haja folhas
Valeu a pena pela esperança da semente!
Conclusão:
Vale sempre a pena, quando a lama não é pequena. .
Pois, eu sei que devia ser alma, mas, ... enganei-me! Foi o "a" que não quis ficar atrás do "l".
Já reparou, as letras são as mesmas?
E para além disso, a lama, além de mais fértil, é mais adequada ao momento Nacional!

O Homem é Engenhêro ou não?

Como o nosso "primeiro" nunca vai exercer Engenharia, por isso, penso que não vale a pena andarem a tentar descobrir se ele é ou não mentiroso, perdão Engenheiro, a não ser que queiram demitir o homem, se entretanto se conseguir provar que ele mentiu.

Mas isso seria o cúmulo, ou não fossem .... " ...... os políticos, pessoas frequentemente bem formadas que aceitam transformar-se em aldrabões para se porem ao serviço do povo".
Manuel António Pina, Jornal de Notícias de 6/9/2006.

Então o Homem para ganhar as eleições fartou-se de mentir, (entre outras, não aumentava a idade da reforma, não aumentava os impostos, etc., etc,) e apesar ou, o que é mais grave, por causa disso ganhou as eleições e agora só porque o homem jura que tirou, sem qualquer favorecimento (alguém acredita?), a Licenciatura em Engenharia (sanitária ou civil, isso pouco interessa!) querem crucificar o homem?

Apetece-me dizer que quem votou nele, agora, que o ature!
Eu sei, eu sei que agora ninguém votou nele!
Mas por favor, se possível, (ai se isso fosse possível!), deixem os que não votaram nele em paz.

E viva lá España! E os Reis! E a ... que os pariu!

quarta-feira, 11 de abril de 2007

SUCESSO ou o Moscardo das Consciências

Um dos grandes lemas modernos diz-nos para sermos nós mesmos. Sendo um lema que nos conduz à autenticidade, à auto-estima quanto baste e à liberdade interior, pode também conduzir-nos a uma forma de egoísmo apurado.
Como conjugar esta máxima de sermos sempre verdadeiros, iguais a nós próprios, com a vida do dia a dia?
A resposta é difícil e implica um empenho profundo na procura do melhor de nós e dos outros, assim como uma aposta constante na realização do bem.
Tão difícil como dar resposta a esta questão do egoísmo é encontrar o justo equilíbrio entre o individual e o colectivo.
Defender o nosso tempo e território não é um acto de egoísmo, muito pelo contrário, é o primeiro passo para nos encontrarmos no essencial.
Aprender a dizer não tão pouco é sinónimo de egocentrismo. Um não na hora certa e circunstâncias adequadas pode ajudar a crescer quem o diz e quem o ouve. O individualismo, a falta de solidariedade e a presunção de superioridade não podem ser aceites como o resultado deste imperativo moderno de “sermos nós próprios”. A verdade, a autenticidade e eficácia, sim, são objectivos deste ideal.

Esta mania moderna de investir tudo no sucesso desloca-nos, muitas vezes, do essencial. Vivemos apostados na miragem do resultado imediato, da realização fácil e do êxito a qualquer preço e, por isso mesmo, o sucesso converteu-se muitas vezes em fracasso.
Quanto mais alta a fasquia, maior a possibilidade de fracasso.
Ter ambição, traçar metas e zelar pelos resultados é saudável e até recomendável.

As coisas só azedam verdadeiramente se hipotecarmos tudo em função de um ideal de sucesso fácil, rápido e permanente.

Esta cultura do êxito é perversa na medida em que encerra grandes vazios e enorme solidão. Ter sucesso e exibir o sucesso conquistado implica um desgaste interior tremendo.

Afinal o que é ter sucesso?

Fazer aquilo que nos dá alegria, paz interior e a liberdade para fazer aquilo que nos convém e não aquilo que os outros esperam de nós. Ter sucesso é não imitar os outros, é sermos nós próprios e ainda assim dizer algo aos outros.
E ser feliz? Não é fazermos aquilo que gostamos e gostarmos daquilo que fazemos?

Ser Pai é difícil

E ser amigo é saber dizer não!

Nós, os Pais, “enchemos a boca” sempre que falamos dos nossos Filhos e da importância que eles têm para nós. Mesmo aceitando que a esmagadora maioria dos Pais faz quase sempre o que pensa ser melhor para os seus Filhos, e reparem que eu disse “.. pensam ser melhor para os seus Filhos ..”, nos tempos que correm, pensamos ser pertinente perguntar, será que isso basta?

Será que nós, no nosso dia a dia, procuramos ser um exemplo para os nossos Filhos? Será que procuramos incutir-lhes os valores que fazem a diferença entre um bom e um medíocre cidadão?

Eu atrever-me-ia a dizer que os nossos Filhos correm o risco de serem vitimas de uma educação centrada e dominada pelos valores do bem-estar físico, porque nós estamos sempre disponíveis para dar dinheiro, telemóveis de última geração e outras bugigangas e “pagarmos” assim a falta de atenção e acompanhamento diário. A atenção, a partilha de experiências em família, foi substituída pelos bens materiais de consumo. É mais fácil dar um telemóvel de última geração ao Filho, ou comprar-lhe roupas de marca, do que acompanhá-lo diariamente e tentar corrigi-lo, educando-o. Os Pais demitem-se, assim da sua função de definir regras, impor limites, exercer a autoridade e acima de tudo dar o exemplo. Todos sabemos que é mais difícil dizer “não” do que “sim”, mas, se pensarmos um pouco, facilmente concluímos que ser amigo é saber dizer não.
Não é por acaso que o exemplo dos Pais é importante para a moldagem do comportamento dos filhos. As crianças têm esse terrível hábito de imitar nos gestos, na linguagem e nos comportamentos os modelos familiares. Por isso é que os psicólogos falam dos Filhos das famílias destruturadas, dos Filhos dos alcoólicos, dos Filhos dos toxicodependentes, como crianças de risco. Por isso é que, nas sociedades avançadas, a alguns Pais, lhes são retirados os filhos pelo Estado, exactamente para que não copiem os modelos familiares.

Segundo a opinião de alguns psicólogos, Filhos de Pais que ganham a vida sem fazer nada, ou de Pais que ganham a vida facilmente recorrendo a estratagemas, ou de Pais mal-educados têm grande probabilidade de lhe seguir as pisadas. E, se pensarmos um pouco, todos vemos que sempre assim foi, basta lembrarmo-nos do ditado popular, FILHO DE PEIXE SABE NADAR.


Nós, os Pais, não podemos sacudir a água do capote, pois, quer queiramos quer não a Educação é da nossa principal responsabilidade, e não nos devemos demitir dessa função nem permitir que outros nos substituam.

Quando no início da década de 90 os Professores chegavam a Pinhel, podiam não ter alunos fabulosos ao nível do aproveitamento escolar, que também os havia, mas todos eram unânimes em considerar os nossos alunos educados e respeitadores, hoje infelizmente, o panorama é desolador e nos últimos anos tem piorado assustadoramente. Para o comprovar basta ir, no período dos intervalos, às Escolas e vermos o respeito que eles têm para com os adultos, professores e funcionários, ir aos campos de futebol das Escolas e atentar na linguagem, ou então ao local onde apanham as autocarros e assistir de forma gratuita aos comportamentos mais violentos, na maioria das vezes perpetrados pelos “fedelhos” mais novos e para espanto de muitos, por miúdas.
Provavelmente muitos deles são assim porque as famílias assim os criaram, sem regras, sem educação, com uma linguagem alicerçada no vernáculo, alimentado pelos futebóis, novelas, big brothers, música pimba e outros que tais, e por isso estão-se marimbando para os Pais, os professores, os policias, etc.

Por outro lado, verificamos que os Pais dos alunos bem comportados, e na maioria das vezes com aproveitamento, são os que vão periodicamente à Escola, os outros, os Pais desses alunos menos bem comportados e, porque não dizê-lo, mais mal-educados, ou não vão à Escola ou só vão quando são chamados e quando, infelizmente, na maior parte das vezes, já é tarde demais. Será porque se envergonham dos filhos que têm? Ou então não vão porque não têm tempo para os Filhos e nesse caso deviam ter vergonha dos Pais que são.
Já alguém disse que: “As falhas/fraquezas do Filho são a prova dos erros/fracasso do Pai”.

Se nós não nos empenharmos todos e não concentrarmos esforços na educação dos nossos Filhos, não vale a pena enganarmo-nos, pois, mais tarde ou mais cedo vão ser vitimas da estratégia dos nossos governantes que utilizam esta politica educativa, nivelando tudo por baixo, assegurando assim que os Filhos do povo hão-de continuar …… “povo”, enquanto que os filhos deles e das elites que há séculos nos governam, frequentando bons colégios particulares, (onde o ensino é rigoroso), se preparam para continuarem a ocupar os melhores empregos e nos continuarem a governar pelo menos por mais um século?

Eu, por mim, não aceito passivamente este estado de coisas e por isso, como Pai, não concordo que os políticos tenham já decidido o futuro dos nossos Filhos. Eu recuso-me a aceitar isso e tento contrariá-los pois acredito que a acção dos Pais, dando carinho e também presentes, mas principalmente impondo e fazendo cumprir regras, acompanhando o crescimento físico e intelectual deles, dizendo-lhes NÃO no momento certo e apoiando-os nos momentos de maior fragilidade, e acima de tudo dando-lhes bons exemplos, é determinante para aquilo que eles vão ser no futuro.


P.S. – Pais e Filho(s) aparecem estrategicamente sempre escritos em letra grande.

Texto publicado no boletim da Associação de Pais e Encarregados de Educação de Pinhel

domingo, 1 de abril de 2007

As Orquídeas … plantas de sexo "especializado"

Como sabem, a maioria das plantas para se reproduzirem, como não tem a capacidade de se mover, necessitam de ajuda para que as suas células sexuais masculinas (antera) se “juntem” às células sexuais femininas (ovário), naquilo a que vulgarmente chamamos de polinização. Essa ajuda é dada por agentes “passivos”, o vento, a chuva, ou por outros seres vivos (geralmente aves ou insectos). Mas, para que estes últimos façam esse trabalho, as plantas têm ou que os enganar ou dar-lhes algo em troca.

Por norma, as plantas disponibilizam alimento sob a forma de néctar e pólen, o que funciona como um pagamento pelo trabalho que os outros animais fazem ao lhas proporcionarem a reprodução cruzada, isto é, uma célula sexual masculina fecundar uma feminina de outra planta.

Mas existe um grupo de plantas, as orquídeas, que se especializaram ao ponto de algumas só serem polinizadas por um, e só por esse, insecto. Aliás, algumas orquídeas evoluíram ao ponto de transformarem a flor, para imitar a fêmea de um insecto (género Ophrys).

Assim a flor da orquídea tem 3 pétalas, sendo que a do meio é maior e recebe o nome de labelo.

O labelo funciona como campo de aterragem que serve perfeitamente o estratagema de esfregar nas costas do insecto os sacos carregados de pólen (que nas orquídeas não é livre, isto é, não pode ser levado pelo vento) que assim o vai transportar até outra flor.

Para além disso, as orquídeas vivem em simbiose, com um fungo microscópico, nos seus rizomas e tubérculos. Sem a presença desse fungo não germinam.

As orquídeas europeias são, regra geral, muito pequenas, e têm um período de germinação muito longo, até dez anos, sendo por isso que de repente podemos ser surpreendidos pelo aparecimento de uma, num sitio onde nunca antes a tínhamos visto.

O Género Orchis deve o seu nome ao facto de o seus tubérculos fazerem lembrar os testículos do cão.

Aqui pela Beira Interior Norte, eu já detectei dez espécies diferentes e ainda não desisti de descobrir mais alguma:

------------------------------Barlia robertiana



Neotinea maculata
Dactylorhiza markusii (sulphurea na Nova Flora Ibérica)
Serapias lingua

Serapias cordigera

Orchis mascula ou olbiensis???
Orchis coriophora




Orchis champagneuxii




Epipactis helleborine (será? o género das Epitactis é complicado!)




Dactylorhiza elata sesquipedalis





Se a estas juntarmos outras que fotografei no maciço calcário da Serra D’aire e Candeeiros e Coimbra… Bom ficam algumas fotos.

Orchis italica (a primeira e que fez despertar esta obsessão)




Orchis morio
Anacamptis pyramidalis






Ophrys speculum




Ophrys lutea




Ophrys apifera




Ophrys tenthredinifera




Aceras antropophorum